Pular para o conteúdo
Coni mor

Tudo começou com a música…

Foi com minha mãe em meio à suas aulas de violão que ascendeu em mim desde a mais tenra idade o despertar definitivo e decisivo para me vê inserido no universo musical completamente. Meu primeiro contato com algum instrumento, por volta dos sete anos de idade, foi o de afinar de maneira autodidata o violão que minha mãe usava para praticar seus respectivos estudos.

Entre a boemia nostálgica de seresteiros e rodas de viola em festas de família, com direito a performances poéticas e cantigas que fazem parte de nosso cancioneiro popular, que meu caráter musical e artístico foi formado.

Roda de Viola
"roda de viola" em uma das festas de família

A poesia entrou definitivamente em minha vida pela voz de meu pai, orador nato que declarava e recitava poesias entretendo à todos. 

Recital
meu pai recitando poesias

Me permiti desde o começo vivenciar e estudar cada estilo musical e artístico propício para determinada idade e momento de minha vida, absorvendo em profundidade as particularidades e a linguagem estética de cada um deles.

Pouco tempo depois, aos meus 11, 12 anos de idade, no início da década de noventa já tocava com minha primeira banda de nome Metrópole, formada inicialmente por Marco Antonio Andreata (in memorian) nos vocais, eu na guitarra e vocais, Hermann Jay Loop no baixo, Gustavo Gonzalez na bateria e Cristiano S. no saxofone. Posteriormente essa formação se dissolveu e o vocalista e o baterista foram substituídos por Luis Eduardo Soares nos vocais e Átila Moreira na bateria. A banda se consolidou tocando cover’s de músicas das principais bandas de rock nacional e internacionais juntamente com algumas músicas autorais participando inclusive de alguns festivais.

Coni mor Banda Metrópole
Início da banda Metrópole
Marco Antonio Andreata
Marco Antônio Andreata (in memorian)
Átila, Coni mor e Hermann
  Átila, Coni mor e Hermann 

Desenvolvi ao longo do caminho diversos projetos e parcerias, destaco aqui a imersão que particularmente eu e Hermann Jay Loop nos submetemos na busca incessante por diversas expressões artísticas, entre elas as artes cênicas, a composição e a poesia. Intervenções e performances teatrais que me fizeram mergulhar profundamente em descobertas para além da própria música. Na época, também chegamos a apresentar um programa semanal de música na rádio Santana de Sete Lagoas e de se apresentar com um pequeno grupo de teatro que havíamos criado na ocasião. 

Nesse ínterim, eu e Hermann Jay Loop fomos convidados a tocar em outras bandas, uma delas tinha como integrantes, o vocalista Paulo Giovani – Maria Melodia e o baterista Dereko Romero. Os ensaios da banda aconteciam no sítio dos país do baterista, um lugar propício onde os encontros tornavam-se uma espécie de “retiro”, ideal para o processo de criação da banda. Foi nessa ocasião que me dediquei exclusivamente a música autoral. Ao mesmo tempo, eu, Hermann Jay Loop, Átila Moreira e El’son da Terra, formamos uma banda temporária, uma formação também promissora, mas que infelizmente não se consolidou. 

Depois de desfeita as bandas iniciei meus estudos de violão clássico, e dessa imersão gravei 2 cd’s (DEMO) no Studio Musical Melodia Livre com Toninho Silva como produtor. O primeiro álbum foi gravado no ano 2000, intitulado: “Na trilha dos Anjos”, e o segundo álbum foi gravado no ano de 2002, intitulado: “Chegando em Capela”, que contaram respectivamente com diversas participações especiais de instrumentistas e de elementos variados, desde percussão e um pequeno coral, à gaitas e violinos.

Capa "Na Trilha dos Anjos"
"Na trilha dos Anjos"
Capa "Chegando em Capela"
"Chegando em Capela"

Feita a compilação, a releitura e a seleção criteriosa de parte das peças contidas nos dois cd’s (DEMO) “Na trilha dos Anjos” e “Chegando em Capela” anteriormente gravados entre os anos 2000 e 2002, juntamente com a gravação de novas faixas e novas parcerias, que nasceu o desejo de gravar o álbum “Verve”, tradução literal do entusiasmo e vivacidade com os quais as músicas em sua maioria se manifestam.

Da imersão, fruto de experimentações e dos estudos intuitivos de violão clássico, o que encontramos em “Verve” é a base e o início de toda a bagagem musical dedicada exclusivamente ao experimento da sonoplastia e da performance instrumental sem perder a erudição e a beleza. 

Saiba mais detalhes e acompanhe o processo de produção e gravação do álbum “Verve” que será lançado oficialmente no dia 1° de janeiro de 2027.

capa álbum Verve
álbum Verve

Concomitantemente à produção dos dois cd’s (DEMO) “Na trilha dos Anjos” e “Chegando em Capela”, depois de me dedicar à música instrumental, dera início ao estudo da obra “Aquela mulher”, canções que exprimem a influência que recebera da música popular brasileira com nuances especiais do samba, da bossa e do jazz, misturados às letras que em sua maior parte retratam uma fase conturbada por um relacionamento recém terminado na época. Uma combinação perfeita para entrelaçar sensibilidade, paixão e lamento em uma só obra. “Aquela mulher” é pura elaboração técnica soando despercebida no transpasse mais sutil, levado às últimas consequências quando os sentimentos e as emoções através da música querem se expressar. Saiba mais detalhes e acompanhe o processo de produção e gravação do álbum “Aquela mulher” que será lançado oficialmente no dia 1° de janeiro de 2026.

capa álbum aquela mulher
álbum Aquela mulher

Outra parceria de destaque em minha vida foi a que se desenvolveu com José Augusto Rocha, artista multifacetado que com maestria domina a arte das cores especialmente, nessa imersão pudemos compartilhar de processos diversos de criação e produções artísticas variadas, tendo como fio condutor principalmente as artes plásticas, a música e a poesia. Por volta de 2001/2002 idealizamos juntos uma intervenção artística de nome “Ambientá” (homônimo que também seria utilizado para a gravação do futuro álbum). A intervenção aconteceu na serra de Santa Helena, na cidade de Sete Lagoas – MG, pintando murais de uma antiga construção abandonada. Esses murais tornaram-se atração turística e um espaço dedicado a recitais e intervenções, com a interação e co-criação do próprio público. No início de 2003 já fazia meu primeiro vernissage na casa da cultura da cidade.

Mural "Santa Helena"
Mural
Mural "Pôr do Sol Nova Era"
1° Ambientá
acima fotos de alguns dos murais e do público interagindo com a intervenção

Foi nesse momento que me dediquei profundamente aos estudos das artes plásticas e pictóricas, buscando através de uma investigação aprofundada, a síntese e a maturidade necessárias para desenvolver de maneira peculiar e consciente, o reconhecimento de pintar pelo simples prazer de pintar, ao mesmo tempo que descobria uma identidade própria como “traço ideal” para continuidade dos trabalhos. Interrompi este projeto depois de alguns anos com 2 séries, cada uma delas com 13 telas, intituladas: “Lugares que andei” e “Mulheres que sei”. Saiba mais e visualize as séries completas.

Cachoeira na Serra
"lugares que andei"
Fernanda
"mulheres que sei"

Ainda pela ótica das artes plásticas, como uma busca incessante pela evolução e compreensão das possibilidades de expressões artísticas, me dediquei ao estudo amplo do design e da paisagem como uma forma de me aproximar da compreensão escultural nas criações tridimensionais, onde por 2 setênios depois, me dediquei a aplicação prática de designs de sistemas paisagísticos, ecológicos e produtivos.

Cúpula Geodésica
cúpula geodésica
Horta em Padrões Naturais
design ecológico

Logo depois escrevi e lancei de maneira independente o livro: “Na linha do horizonte vasto pitoresco”, uma narrativa poética com ilustrações gráficas e pictóricas que acompanham cada capítulo do livro. Saiba mais… 

Livro Na Linha do Horizonte Vasto Pitoresco
livro capa

Na primavera de 2003 paralelamente aos trabalhos visuais e literários, dei início a obra “Ambientá”, agora como projeto musical que reflete nas letras e nas sonoridades, signos e práticas de uma vida em comunhão com a natureza e a espiritualidade ancestral. Com temática ambiental e naturalista, fruto das influências poéticas e sertanejas da família, tendo como linha mestra, o reggae e suas influências afro-brasileiras, gravei em 2003 um acústico (voz e violão) novamente tendo como produtor o baterista Toninho Silva, que tocou todas as percussões e efeitos desse álbum (DEMO), onde o registro dessas canções proporcionaria posteriormente o início das gravações do futuro álbum “Ambientá”, que na ocasião contara com a participação de Vinícuis Preisser nos teclados, Caio Azevedo no baixo e Carlos Redoan na bateria. 

1° Formação Álbum Ambientá
Início da gravação do álbum Ambientá
CD Single
cd single

Gravamos em 2006 um cd single intitulado “Caryocar” nome científico do Pequí, árvore nativa do cerrado que mais exprimia o sentido de identificação cultural que o trabalho pretendia empregar. Depois de uma pequena trajetória de ensaios e shows essa formação se dissolveu e o desejo de gravar oficialmente o álbum “Ambientá” teve que ser postergado.

Passaram-se alguns anos e por repetidas vezes, eu, Vinícuis Preisser e Caio Azevedo nos encontrávamos para ensaios esporádicos com o intuito de retomar os trabalhos anteriormente iniciados, porém só conseguimos retomar as gravações em meados de 2017 quando fomos até o Nordo Studio de Fred Calazans, que além de acolher o projeto e assumir a produção do álbum, iniciou prontamente as gravações tocando as baterias. Concluímos as gravações de apenas 3 músicas até o final de 2018, momento em que novamente o projeto teve que ser paralisado por ocasião e que somente agora pôde ser retomado.

Saiba mais detalhes e acompanhe o processo de produção e gravação do álbum “Ambientá” que será lançado oficialmente no dia 1° de janeiro de 2025.

capa álbum ambientá
álbum ambientá

Sempre soube que a arte faria parte integral de minha vida e durante todo esse tempo eu produzi uma quantidade consideravelmente extensa de obras, peças, canções e composições. Obras estas respectivas à cada momento vivenciado através dos diversos estilos artísticos que cada projeto apresentava ao longo de minha carreira, inclusive incluindo uma lista expressivamente maior de bandas e parcerias que não caberiam ser citadas nesse pequeno resumo. 

No meu âmago sempre desejei que minha “obra” pudesse chegar até o público produzida e esteticamente “acabada” para ser contemplada e absorvida, de forma a proporcionar ao expectador uma experiência assimilável, contextual e reflexiva. Com tantas idas e vindas os projetos nunca atingiam o seu ápice no sentido de sua expressão máxima e permaneceram guardados durante todo esse tempo.

Nesse momento inicio novamente mais um ciclo de produção autoral podendo exprimir, sintetizar e registrar oficialmente toda a minha história, bagagem artística e musical, passada e atual em uma nova roupagem mais elaborada, profissional e intuitiva.

Abriu-se a oportunidade de compartilhar com vocês a trajetória de gravação e produção de grande parte dessas obras, de cada detalhe desses projetos. Desfrutem…

Saudações,

Coni mor 

Coni mor
De volta à estrada...