O álbum “Ambientá” reúne composições naturalistas e quase devocionais que representam para o artista uma fase de contemplação e de profunda vivência em comunhão com a natureza e com todos os benefícios que as “coisas simples” da vida podem nos oferecer. Uma ode à vida dos sertanejos que de modo especial o artista prefere chamar de “geraiszeiros”, aqueles que plantam, cultivam, e sacrificam o que se come, usufruindo, mesmo com todas as dificuldades e incertezas, de toda a abundância que a natureza provê. A lida com a terra promovendo auto-suficiência e interdependência, ao mesmo tempo em que desperta a consciência de gratidão misturada a uma fé inabalável, evidencia a simplicidade e a “sabedoria empírica” que estes personagens carregam. Música e poesia que conseguem transmitir de maneira simples e objetiva a contemplação de fenômenos, ciclos e padrões naturais tão importantes para a manutenção da vida na terra, juntamente de toda a gratidão e perpetuação dessas tradições como legado. “Ambientá” reflete nas letras e nas sonoridades, empiricamente, o ápice de momentos vivenciados em comunhão com a natureza e a celebração espiritual, fruto de ramificações poéticas e sertanejas, tendo como linha mestra, o reggae e suas influências afro-brasileiras, encontra musicalmente o cerne de sua expressão máxima e experimental. Acompanhado de uma “big band” com músicos virtuosos, experientes e com uma diversificada miríade de elementos rítmicos e percussivos é que as músicas manifestam o ápice de seu conteúdo dançante e envolvente. A pintura feita para a capa do álbum “Ambientá” retrata a 1° fase do artista onde percebe-se demasiada expressividade na composição e na experimentação utilizados, de alguma maneira a representação desses momentos como inspiração plena tendo a retratação de alguns desses “nativos” como personagens principais dessa celebração poética e musical.
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